Chegou novembro
Livre-se de todas cinzas
Perceba a vida é a arte da despedida
Vai dizer que não anda por aí
Esquecendo o som da própria voz
Sangrando calado o que teus olhos
Não podem mentir
Abra as janelas
Deixe que chovam as cinzas
Ainda há tempo
Para as palavras não ditas
Cada um carrega em si
Um universo desconhecido
Cada um traz si
O pó das era e o infinito
Noite adentro um piscar de olhos
Para o corpo se extinguir
O que resta a quem fica
Roupas, contas, livros não lidos
Cada um carrega em si
Um universo desconhecido
Cada um traz em si
O pó das era e o infinito